"O vento corta os seres pelo meio.
Só um desejo de nitidez ampara o mundo...
Faz sol.
Fez chuva.
E a ventania
Esparrama os trombones das nuvens no azul.
Ninguém chega a ser um nesta cidade,
As pombas se agarram nos arranhacéus, faz chuva. Faz frio. E faz angústia...
É este vento violento
Que arrebenta dos grotões da terra humana
Exigindo céu, paz e alguma primavera".
(Momento/abril de 1937) Mário de Andrade
sábado, 28 de julho de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário