sábado, 28 de julho de 2007

"O vento corta os seres pelo meio.
Só um desejo de nitidez ampara o mundo...
Faz sol.
Fez chuva.
E a ventania
Esparrama os trombones das nuvens no azul.
Ninguém chega a ser um nesta cidade,
As pombas se agarram nos arranhacéus, faz chuva. Faz frio. E faz angústia...
É este vento violento
Que arrebenta dos grotões da terra humana
Exigindo céu, paz e alguma primavera".

(Momento/abril de 1937) Mário de Andrade

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER


Violência psicológica

Tem sido dado ênfase à violência doméstica que atinge as mulheres, na forma física. Acontece que, absolutamente mais comum e infinitavemente mais danosa é a violência psicólogica, que não acontece apenas no ambiente doméstico sendo que esta, por ser continuada no tempo, até mesmo sem ser identificada pela vítima, é a forma de abuso mais difícil de ser identificada, porque não deixa marcas evidentes no corpo ( exceto talvez, uma postura corporal ). A agressão psicológica pode ficar camuflada em doenças alérgicas e auto-imunes.
Ela é comumente camuflada pela sutileza das relações intra-familiares mas causa sofrimento e conduz a mulher à alterações de comportamento, postura corporal e/ou reações psicossomáticas. Ainda o fato de esta mulher, acossada, diminuida em sua autoestima, repassar aos filhos, o amargor, mesmo que involuntária e inconscientemente levando à perpetuação, igualmente perversa ao criar modelo deste tipo de violência na vida adulta dos filhos.
O abuso psicológico também permeia todas as outras modalidades de abuso e isto é o mais dramático, pois exacerba o nível de possibilidades de toda a família em apresentar distúrbios de ordem psicológica adentrando nas suas relações afetivas, dificultando-as. O acúmulo da vivência desse tipo de violência, faz elevar os índices de freqüência aos hospitais psiquiátricos, elevar globalmente o nível de disturbios mentais, bem como elevar o índice das estatísticas dos suicidas.
Pode-se considerar que essa forma silenciosa de violência, vivida pela mulher casada no seu cotidiano, é pouco ou nada considerado até agora. Mas essa violência não acontece apenas com as mulheres, muito mais às crianças e adolescentes, vítimas mais disponíveis.
No caso das mulheres casadas, consideramos que se de um lado existe o criminoso, em geral o marido, agindo através do poder financeiro e econômico, cultura do ciúme e mais atual, a evitação da independência da mulher no imaginário que está em formação, da ascendência profissional vista como concorrência, do outro lado está a própria mulher que, principalmente, se ama o marido, aceita a posição de vítima como uma demonstração de amor. Com certeza não é difícil alcançar que o poder econômico e financeiro do marido pode servir de alavanca da medida e do grau de dependência financeira da mulher em relação ao parceiro.
Esta mulher casada, que ama o companheiro, quando vítima de atrocidades psicológicas tende, quase sempre ao sentimento de culpada, invariavelmente. Ou não consegue identificar a capacidade do companheiro em arquitetar e manietar. Sente-se confusa pois não acredita na possibilidade de intenção e mesmo não acreditam ser esta, uma forma de violência. Não acredita que o marido a está fazendo sofrer deliberadamente fazendo-a sentir o sabor do poder que ele detém.
A "confusão" sentida e vivida pela mulher vítima de atrocidades psicológicas reside, na maioria das vezes, no equívoco de "confundir" os sentimentos. Desvalia, ódio, rejeição. Esta mesma mulher que pensa que ama, pode não amar o marido. Muitos outros motivos podem estar contribuindo para que ela viva o sentimento de "confusão". Medo de encarar outra realidade que ela pensa ser mais difícil, que ela pensa que não vai conseguir alcançar. O medo da separação, do divórcio. O medo de ter "fracassado" no seu casamento e por fim, também a possibilidade de ela confudir-se no sentimento de culpa e perder-se no desconhecimento da auto-punição ou auto-destruição.
Essa violência pode estar sendo demonstrada através da ridicularização do físico mulher - gorda, magricela, pele e osso, velha, relaxada, não capaz de ganhar dinheiro para ajudar a família etc - da incapacidade intelectual - burrinha, desinformada, fora da realidade. Atitudes constantes de censura, pressões, cobranças, comparações, a exemplo.
Pode-se considerar que a forte pressão psicológica alcança características de tortura quando movida por objetivo definido da qual a vítima é o meio. Muitos exemplos poderiam ser extraídos. O marido que premeditadamente força a pressão psicológica até que ela chegue a atingir níveis insuportáveis pela vítima que cede diante da fragilidade psicológica e emocional. Esse objetivo pode ser, conseguir o descrédito da mulher ao ser considerada mentalmente incapacitada para administrar patrimônio, por exemplo. Outro tipo de tortura com objetivos de conseguir informações; essa seria a tortura política e objeto de outro enfoque.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a violência doméstica como um problema de saúde pública, pois afeta a integridade física e a saúde mental. Os efeitos da violência doméstica, sexual e racial contra a mulher sobre a saúde física e mental são evidentes. Em geral mulheres vítimas de agressão doméstica são assíduas nos serviços de saúde e suas queixas quase nunca são expressas com exatidão. Por receio ou vergonha, buscam sempre minimizar o fato ocorrido.
O caminho percorrido pelas mulheres vitimadas via de regra, passam pelos pronto socorros, ambulatórios e hospitais das redes, municipais ou estaduais que por falta de preparo não diagnosticam as ocorrências adequadamente, ou seja, classificando-as como violência doméstica. Não sendo assim, a violência doméstica não é entendida como problema de saúde e além do que a magnitude do problema sequer chega a ser identificada como uma questão social. Da mesma forma, ou por isso mesmo, pode ser considerada uma omissão da responsabilidade que devia caber às instituições da área de Saúde. Pela total incapacidade do poder público, este não habilita profissionais para atendimento qualificado e efetivo.
Violência doméstica, entendida como saúde pública, necessita de séria análise no que concerne às perdas econômicas, para o país, decorrentes da população atingida. As repercussões e seqüelas geradas pelo alto nível de violência doméstica provocam ausência do trabalho, portanto, diminuição do PIB, tendo em vista que este é medido pela capacidade de produção do trabalhador.
Maria da Penha Vieira


A mulher sofre violência física quando é espancada, ficando marcas como hematomas, cortes, arranhões, queimaduras, mordidas, manchas, fraturas ou agressões semelhantes. A mulher sofre violência sexual quando é forçada a ter relações sexuais sem querer ou quando está doente e sua saúde corre perigo; é forçada a praticar atos sexuais que não lhe agradam ou praticar sexo com sadismo. A mulher sofre violência psicológica e emocional quando é ofendida moralmente e também sua família. A agressão não escolhe raça, idade e classe social. A única diferença é que as mulheres de classe social mais elevada acabam por não darem queixa das agressões sofridas por seus maridos, namorados etc. São vários os motivos que as fazem calar: dependência financeira, medo, vergonha etc.
A violência é a expressão mais cruel do baixo status feminino na sociedade. Várias culturas aprovam, toleram ou mesmo justificam um certo grau de violência contra! a mulher. Essas atitudes são fruto de normas de conduta distorcidas a respeito do papel e das responsabilidades do homem na sociedade. O Banco Mundial estima que a violência contra a mulher no mundo cause mais danos e morte do que câncer, acidentes de trânsito ou até mesmo a guerra. Pelo menos uma em cada três mulheres sofre violência física, sexual ou alguma outra forma de abuso, usualmente nas mãos de uma pessoa íntima ou membro da família. É uma violação explícita de direitos humanos. É preciso prestar queixa na Delegacia da Mulher, fazer exame de corpo-delito no Instituto Médico Legal-IML, ou, por fim, estar no IML fazendo uma autópsia.

Musica: I don't wanna miss a thing

Artista: Aerosmith

I could stay awake just to hear you breathing

Watch you smile while you are sleeping

While you´re far away and dreaming

I could spend my life in this sweet surrender

I could stay lost in this moment forever

Well, every moment spent with youIs a moment I treasure


I don´t wanna close my eyes

I don´t wanna fall asleep

´Cause I´d miss you, babe

And I don´t wanna miss a thing

´Cause even when I dream of you

The sweetest dream will never do

I´d still miss you, babe

And I don´t wanna miss a thing


Lying close to youFeeling your heart beating

And I´m wondering what you´re dreaming

Wondering if it´s me you´re seeing

Then I kiss your eyes and thank God we´re together

And I just wanna stay with you

In this moment forever, forever and ever


I don´t wanna close my eyes

I don´t wanna fall asleep

´Cause I´d miss you, babe

And I don´t wanna miss a thing

´Cause even when I dream of you

The sweetest dream will never do

I´d still miss you, babe

And I don´t wanna miss a thing


I don´t wanna miss one smile

I don´t wanna miss one kiss

Well, I just wanna be with you

Right here with you, just like this

I just wanna hold you close

Feel your heart so close to mine

And stay here in this moment

For all the rest of time


I don´t wanna close my eyes

I don´t wanna fall asleep

´Cause I´d miss you, babe

And I don´t wanna miss a thing

´Cause even when I dream of you

The sweetest dream will never do

I´d still miss you, babe

And I don´t wanna miss a thing

I don´t wanna close my eyes

I don´t wanna fall asleep

´Cause I´d miss you, babe

And I don´t wanna miss a thing

´Cause even when I dream of you

The sweetest dream will never do

I´d still miss you, babe

And I don´t wanna miss a thing


Don´t wanna close my eyes

Don´t wanna fall asleep, yeah

I don´t wanna miss a thing