domingo, 2 de setembro de 2007




Sento no teu colo e tu me abraça,
E antes que num beijo eu te consuma.
Teu toque dá-se antes do meu contato,
E o meu tremor já não disfarça coisa alguma.

Você nos meus vãos, as tuas mãos na minha pele,
E é o teu sabor a sensação que me alucina.
A tua mão entre minhas coxas é que me impele,
A usar a minha onde o teu prazer chega e termina.

Beijo o teu corpo e nele roço a minha mão.
Cada parte que me deu prazer, acarinhada.
E todo desejo que há no teu corpo, num turbilhão,
Explode e faz na minha pele a caminhada.

E por fim, enfio a mão sob o tecido do teu agasalho,
Pra sentir-me no teu corpo por escrito.
Dos teus poros, faço a rua onde eu habito,
Das minhas curvas, revelo agora cada atalho.

E é quando sou mais tua, da cama ao assoalho,
E encostada, entregue e nua, na parede.
No espelho, na varanda e sobre a rede,
Tua antes, no meio e depois,
Um só gosto no vinho de nós dois
Uma sede matando a outra sede

Nenhum comentário: